A diálise, e mais tarde o transplante, permitiu-lhe continuar com as atividades, que tanto gostava antes do diagnóstico, evidentemente com algumas alterações. Por exemplo, mudar do andebol para o ciclismo. Qual o papel deste desporto, atualmente, na sua vida?
É mais do que um hobby: desde que faço parte do clube, participei no maior número possível de provas de bicicleta. Em 2012, completei a minha primeira volta em Guardamar del Segura, uma cidade costeira, perto de Alicante, depois seguiu-se San Miguel de Salinas, uma aldeia do interior, na mesma região. Em 2014, voltei a fazer San Miguel de Salinas, Albatera, e o percurso mais difícil de todos, Crevillente. Fiz também, por três vezes, Espinardo Caravana de la Cruz, num total de 90 km.
O que é que lhe passa pela cabeça, enquanto está a andar de bicicleta?
Eu sou um “lanterna vermelha”, para usar a gíria do desporto. Mas para mim, esta modalidade é, sobretudo, um desafio pessoal, que necessariamente, não tem a ver com ganhar prémios. O mais importante é participar e chegar ao fim da prova. Depois de tudo o que tenho vivido, quando estou neste contexto, sinto-me estimado e valorizado pelas pessoas e amigos - o que não tem preço.